Novas diretrizes substituem recomendação antiga de suplemento com vitamina D
Quedas são a principal causa de morte relacionada com lesões entre os maiores de 65 anos, e os idosos que querem evitar cair devem fazer exercícios, em vez de depender de suplementos como a vitamina D, segundo as novas recomendações de especialistas americanos feitas nesta semana.
As diretrizes recém-anunciadas são do grupo assessor médico independente US Preventive Services Task Force (USPSTF) e atualizam as que foram publicadas em 2012, quando recomendou-se tomar vitamina D como uma forma de prevenir as lesões relacionadas às quedas.
A última revisão dos testes clínicos sobre o tema, no entanto, não mostrou nenhum benefício para as pessoas idosas, além de apontar um maior risco de cálculos renais relacionados aos suplementos de cálcio e vitamina D, a menos que uma pessoa tenha deficiência desta substância ou sofra de osteoporose.
“O USPSTF encontrou evidências adequadas de que tomar suplementos de vitamina D não tem nenhum benefício na prevenção de quedas nos idosos”, diz o texto publicado na revista científica Journal of the American Medical Association (Jama).
O USPSTF “recomenda intervenções com exercícios para prevenir quedas” nos maiores de 65 anos, mais propensos a este tipo de incidentes.
Os exercícios podem incluir aulas individuais e em grupo supervisionadas e fisioterapia, segundo as novas recomendações.
A atualização se baseou em uma revisão de 11 testes clínicos que contaram com a participação de cerca de 50 mil pessoas.
O suplemento de vitamina D, puro ou com cálcio, não foi associado a uma menor incidência de fraturas em adultos sem deficiência de vitamina D, osteoporose ou fratura prévia, de acordo com o informe científico.
Segundo dados mais recentes, de 2014, quase 29% dos adultos americanos de 65 anos ou mais relataram quedas, e quase 38% “precisaram de tratamento médico ou atividade restrita por um dia ou mais”, disse o artigo publicado na revista médica Jama.
Cerca de 33 mil pessoas morreram nos EUA devido a quedas em 2015.
Fonte: www. folha.com.br