8 tendências de tecnologia hospitalar que você precisa conhecer

Kinect

A tecnologia kinect foi criada pela Microsoft para fazer parte do videogame Xbox, permitindo que o jogador controlasse seu avatar e confirmasse comandos sem a necessidade da manete. Tudo isso é possível porque o kinect conta com uma câmera para reconhecer o usuário e seus movimentos corporais, permitindo que apenas com o movimento do braço se selecione itens e abra arquivos.

Para a surpresa de todos, o kinect acabou sendo incorporado às salas de cirurgia, ao permitir que o cirurgião acesse dados tanto sobre a grade do bloco operatório como sobre o próprio paciente (história clínica, exames de imagem e muito mais) movimentando apenas as mãos. Como não é necessário encostar em absolutamente nada, o médico não corre o risco de se contaminar, ganha tempo no procedimento e preserva a assepsia do campo cirúrgico. Essa tecnologia no contexto hospitalar já é até encontrada em alguns hospitais brasileiros.

Tablets

Após a instauração dos prontuários eletrônicos, nada mais natural do que os hospitais evoluírem para processos completamente digitalizados, deixando o papel de lado de uma vez por todas. E uma excelente maneira de fazer isso é contando com tablets à disposição dos médicos para usarem na avaliação dos pacientes e na prescrição de medicamentos, por exemplo.

Dessa forma, de qualquer lugar da instituição, o médico já consegue alterar o prontuário, solicitar a aplicação de algum medicamento, incluir algum procedimento na lista do faturamento, conferir o histórico médico do paciente, verificar algum resultado de exame e assim por diante. Tem-se aí a desburocratização das rotinas com otimização de tempo e aumento de produtividade. Isso sem contar com a diminuição de falhas.

Wearables

As tecnologias wearable (algo como tecnologias vestíveis, em português) na área da saúde permitem o monitoramento contínuo de sinais vitais do paciente. Isso pode ser feito, a todo o momento, por meio de relógios de pulso, braceletes, pulseiras e faixas abdominais, por exemplo. Frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial, distúrbios do sono e até glicemia já são analisados assim.

No futuro, espera-se que colesterol e muitos outros aspectos da saúde também possam ser captados pelos dispositivos wearable e enviados para um banco de dados que já alerte o médico no caso de alguma alteração significativa. Tudo isso permite que o paciente seja monitorado de perto, mas sem deixar de viver sua rotina. Assim não há a necessidade de se dirigir a um hospital o tempo todo. Esse aspecto é particularmente útil no caso da assistência aos idosos, assim como a pacientes acamados ou com doenças crônicas, que precisam ser cuidadosamente controladas.

Impressoras 3D

Por meio da fusão a laser, da fundição a vácuo e da moldagem por injeção, a impressão 3D permite criar objetos sólidos tridimensionais feitos de plástico ou resinas sintéticas. Na Ortopedia, além de talas para imobilização de membros fraturados, já é possível produzir próteses, braços robóticos e ossos para cirurgias de implantes. Nos últimos anos, no entanto, o plástico vem sendo substituído por células! Assim, logo será possível imprimir células-tronco embrionárias, vasos sanguíneos, tecido cardíaco, pele e até órgãos inteiros (como uma bexiga ou uma orelha) para transplantes, o que reduz ou até elimina qualquer risco de rejeição.

Vale ressaltar que, no Brasil, o uso de implantes personalizados ainda não está regulamentado, uma vez que é preciso pedir uma autorização especial para fazer experimentos com a técnica. Mas as impressões em 3D já são usadas para o planejamento e o treinamento de cirurgias, pois possibilitam a reprodução da estrutura a ser operada, simulando, assim, como se dará a operação passo a passo. Pense bem: com a equipe mais bem preparada, dá para reduzir o tempo de cirurgia e até a quantidade de anestesia que os pacientes recebem.

Impressoras 4D

Se as impressoras 3D já trouxeram bons resultados, a impressora 4D promete ainda mais! Esse quarto D indica que o material criado consegue reagir às características do ambiente em que se encontra (como umidade e temperatura), alterando seu formato ao decorrer do tempo (que seria, então, a 4ª dimensão). Na saúde, isso significaria que os implantes poderiam se adaptar ao corpo do paciente quando chegassem ao local certo, permitindo uma compatibilidade ainda maior entre as estruturas.

Disponibilidade de dados de saúde

O armazenamento em nuvem de prontuários eletrônicos permite que esse recurso atinja todo seu potencial. Podendo ser acessado de qualquer aparelho eletrônico (desde que tenha acesso a uma conexão com a internet), de vários locais e por diversos profissionais ao mesmo tempo, o prontuário eletrônico permite que o cidadão tenha acesso e acompanhamento independentemente da instituição em que será (ou foi) atendido. Tudo isso contribui para a atenção em rede e para a integração do sistema de saúde, ajudando na construção de um registro eletrônico de saúde único para cada paciente.

Atendimento remoto

Por meio das tecnologias wearable e dos aparelhos de monitoramento cada vez mais simples, práticos e portáteis, as consultas médicas a distância estão se tornando cada vez mais comuns. Da própria casa, o paciente consegue entrar em contato com o médico, contar como se sente e enviar seus dados vitais, permitindo que diagnósticos simples sejam dados e os medicamentos já sejam indicados. Além disso, é possível usar a telemedicina e seus respectivos recursos para obter uma segunda opinião ou mesmo receber orientações para a realização de algum procedimento.

Por meio do sistema robótico Da Vinci, as cirurgias também já podem ser realizadas remotamente, desde que com apoio de uma equipe local. Com o aparelho, o cirurgião especialista pode estar longe da sala de cirurgia, uma vez que os braços da máquina (que realizam a operação) podem ser controlados a distância. Vale ressaltar que, apesar das promessas dessas novidades, a regulamentação do Conselho Federal de Medicina ainda não permite a realização de atendimento remoto.

Big Data

Com a evolução dos sistemas de captura e análise de dados e a digitalização de todo o atendimento médico, o setor de saúde poderá contar com os benefícios da Big Data. Uma quantidade imensa de dados sobre a assistência à saúde de milhares, milhões ou até bilhões de pacientes poderá ser processada e analisada de modo a gerar informações úteis para as equipes. Nesse cenário seria possível identificar correlações entre doenças, acompanhar a progressão de epidemias e obter dados sobre efeitos adversos de medicamentos, por exemplo.

Fonte www.mv.com.br

Comunicação MV