Nos últimos anos muitas empresas passaram a adotar regras de conduta para orientar suas
atividades. O objetivo é valorizar as boas práticas de gestão e condutas exemplares nos
negócios e na vida organizacional. Tais regras são geralmente reunidas em códigos de conduta
com escopo abrangente e genérico, sendo posteriormente detalhadas por meio de políticas ou
procedimentos internos.
O passo seguinte ao desenvolvimento do código, é o seu cumprimento, o que muitas vezes
recebe o nome de Compliance. Em outras palavras, a ideia é estar conforme com as regras
estabelecidas. Este tipo de diretriz visa evitar, detectar e, se necessário, tratar os desvios
identificados ou ainda as não conformidades.
A necessidade de formalizar estas regras surgiu dos escândalos financeiros ocorridos nas últimas
décadas e, no Brasil, foi reforçada pela aprovação recente da Lei Anticorrupção. As principais
estratégias para implementar as regras de conduta têm sido reafirmar a responsabilidade das
organizações e manter auditorias externas que atestem a adequação das práticas financeiras
validadas pela alta liderança.
Tais práticas foram inicialmente desenvolvidas em empresas multinacionais, estimuladas
pelo cenário internacional a cada dia mais atento a desvios de conduta. Recentemente esta
preocupação chegou ao Brasil, mas ainda são poucas as empresas que apresentam sistemas de
Compliance maduros.
Para implementar um modelo de Compliance é preciso elaborar um código de conduta a ser
seguido por toda a organização. Tal código deve conter normas e diretrizes que orientem a
conduta dos líderes e colaboradores, de modo a minimizar os riscos relacionados aos conflitos
de interesse existentes na vida organizacional e nas relações externas à organização.
A Anahp, preocupada em contribuir para a busca da sustentabilidade do sistema, e assumindo a
sua posição de vanguarda, estabeleceu em agosto de 2014 um Grupo de Estudos sobre o tema.
O objetivo da entidade é propor recomendações para a elaboração de um código de conduta
que seja referência para os hospitais privados brasileiros.
A adoção ou o aprimoramento de código de conduta pelos hospitais propiciará maior
transparência nas relações com os demais atores da saúde, conferindo-lhes maior confiabilidade
perante a sociedade. Esta iniciativa também deve proporcionar relações comerciais e
profissionais mais éticas, aumentando o reconhecimento das organizações que explicitam seus
princípios de conduta na vida cotidiana.
O envolvimento da alta liderança das organizações com o tema é o passo inicial e fundamental
para o desenvolvimento deste tipo de sistema.
O Código de Conduta Empresarial Anahp para o setor hospitalar representa a primeira iniciativa
para a sistematização da discussão e abordagem do tema no setor hospitalar. Portanto, trata-se
de um projeto em construção e aprimoramento, e tem por objetivo definir princípios e condutas
consideradas exemplares para nortear as relações dos atores da saúde.
Esta é uma proposta de tópicos fundamentais a serem abordados em um código de conduta,
inspirado por princípios éticos.
Fonte: www.anahp.com.br